3 de julho de 2009

Hoje é Dia de São Tomé

Neste dia festejamos a santidade de vida do apóstolo que não chegou até o Céu pelas suas limitações - como acostumamos firmar ao chamá-lo de incrédulo - mas sim por ter sido atingido pela ilimitada misericórdia do Senhor. São Tomé apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo era o mais "teólogo" dos doze, pois com suas perguntas possibilitava a Revelação do Cristo e a Trindade:
"Tomé lhe disse: 'Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?' Jesus lhe disse: Eu sou o caminho , a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim"(Jo 14, 6).
Sobre aquele acontecimento em que o Cristo Ressuscitado "provoca" para fé São Tomé, pois somente acreditaria no testemunho dos irmãos se visse os sinais do martírio do Cristo de modo palpável, quanto a isto comentou São Gregório: "A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade".
Diante de tantas providentes intervenções, São Tomé se despede das Sagradas Escrituras, professando sua fé: "Meu Senhor e meu Deus"( Jo 20 - 28). Esta expressão não saiu da boca de Pedro, nem de João, mas de Tomé que segundo a Tradição teria depois de Pentecostes, ido para evangelizar pelo Oriente e Índia até tornar-se mártire, ou melhor: "um exemplo de fé".

Partilhando o Santo Evangelho

A fé brota da experiência de amor.

Tomé é a tipologia do "ver para crer". A esta, Jesus contrapõe a bem-aventurança dos que creram sem ver. Entre as primeiras comunidades vinculadas à comunidade de Jerusalém, surgiu a tradição do ver o ressuscitado como condição para as primeiras lideranças. A partir daí, somos chamados a crer nestas testemunhas, sem ver. O episódio do Evangelho de hoje relativiza as narrativas de visões do ressuscitado. Na cena do encontro do túmulo vazio, o discípulo que Jesus amava creu sem ver o ressuscitado. Para crer não é necessário ver. A fé brota da experiência de amor que os discípulos tiveram no convívio com Jesus, e da mesma experiência de amor que se pode ter, hoje, nas relações fraternas de acolhimento, de doação e serviço, de misericórdia e compaixão, na fidelidade às palavras do Mestre.

Evangelho do Dia Jo 20,24-29

24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

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A cura é sinal de amor e perdão!!!

Mateus, como ocorre diversas vezes, resume uma narrativa anterior já presente no Evangelho de Marcos para adaptá-la ao plano de seu próprio Evangelho. Assim acontece com esta cura do paralítico. Mateus a inclui em um bloco de dez milagres, buscando um efeito de persuasão para o discurso apostólico que apresentará em seguida. A doença era associada ao pecado e representava uma impureza. A purificação deveria ser feita no templo, mediante ofertas em nome de Deus. Tocado pela fé tanto do paralítico como do grupo que o carregava, Jesus chama-o de "filho" e proclama o perdão de seus pecados. Ao se irritarem e acusarem Jesus de blasfêmia, os fariseus e mestres da Lei pretendem condená-lo por ter desconsiderado o espaço privilegiado do templo. A cura do paralítico é sinal do perdão dos pecados, fruto do amor misericordioso de Jesus.

Evangelho do Dia Mt 9,1-8

Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram- -lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.

Partilhando o Santo Evangelho

No Evangelho de Marcos, anterior ao de Mateus, esta narrativa está mais desenvolvida. Aí, o núcleo é o homem que foi libertado do demônio e passou a anunciar os feitos de Jesus. O demônio é associado à Legião, divisão militar romana. Mateus o omite. E nada diz sobre os dois homens (um só em Marcos) que foram libertados.
As multidões que acorrem da cidade vêm para ver Jesus e não os homens libertados, como em Marcos. O interesse de Mateus é a manifestação de poder de Jesus, de maneira a fortalecer a confissão de fé messiânica, da tradição do judaísmo. Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios o confessam) que vem com poder para derrotar os demônios.
Em Marcos, em uma perspectiva universalista, este episódio revela Jesus libertador de toda opressão e solidário com os excluídos e oprimidos.

Evangelho do Dia Mt 8,28-34

Naquele tempo, 28quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”. 32Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.